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quarta-feira, setembro 02, 2009

Líder de sem terra está marcada para morrer

A Fazenda Araúna, localizada no município de Novo Mundo, distante 56 km de Guarantã do Norte, está se tornando num palco de conflito armado. Recentemente, os capangas encapuzados da propriedade rural destruíram mais de 30 barracos de lona, colocou fogo nas roupas, alimentos, espancaram e deram vários tiros contra trabalhadores rurais sem-terra. Eles, (capangas) naquela noite, queriam a líder dos sem terra. Mas, ela não estava no acampamento, tinha saído do local, horas antes do acontecido. “A minha vida foi salva por um milagre. Se eles me pegassem eu não sei o que teria acontecido” desabafou Joelma Soares líder dos sem-terra.

Após o acontecido, a juíza Leilamar Rodrigues, da Comarca de Guarantã do Norte, expediu mandado de busca e apreensão na Fazenda Araúna, a pedido do Ministério Publico. O mandado foi cumprido pelas policias civil e militar da cidade, que teve o acompanhamento dos fiscais do IBAMA e SEMA. Na ocasião, foi apreendida uma espingarda, abandonada na hora da fuga dos capangas que faziam a guarnição da porteira de entrada da fazenda. “Tivemos que quebrar o cadeado para ter acesso às dependências da propriedade para cumprirmos o mandado” salientou Drº Carlos, delegado da Policia Civil de Guarantã do Norte.

“Eu estou marcada para morrer” essa frase, foi proferida pela líder dos trabalhadores rurais sem-terra Joelma Soares, ao procurar a nossa reportagem para denunciar as ameaças de morte, que está sofrendo no acampamento. “Estamos acampados ás margens da Fazenda Araúna, há mais de 03 anos e sempre sofremos fortes ameaças. Os capangas esperaram só a policia sair do local, para voltar para a porteira, empunhando suas armas” denunciou Joelma Soares.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA destinou a área de 16 mil hectares para fins de reforma agrária em 2004, e de lá para cá, a luta de sem terra e posseiros, tem sido constante pela terra. O superintendente regional do INCRA], William Sampaio, já manifestou interesse de fazer uma vistoria na área de conflito, o que deve acontecer ainda este mês de setembro. “Estamos aguardando uma decisão do INCRA, pois essa área é da União, é nossa, do povo brasileiro” ponderou Joelma Soares.

A Policia Federal, segundo a líder dos trabalhadores rurais sem terra, já foi informada da existência do conflito armado na localidade, inclusive sobre a expulsão dos sem terra do acampamento Nova Esperança. “Onde estão os nossos direitos de cidadãos. Fomos expulsos a bala, e a Policia Federal, ainda não se manifestou. Temos direito a segurança, como todo e qualquer cidadão brasileiro. Precisamos que a Policia Federal, faça o desarmamento dos capangas dos fazendeiros. Ou será que os direitos é só para eles (fazendeiros) concluiu Joelma Soares.

Cerca de seis homens, permanecem na porteira da Fazenda Araúna, fortemente armados, e todas as noites, disparam tiros próximo ao acampamento dos trabalhadores rurais sem terra. A nossa reportagem, manteve vários contatos, com o proprietário da Fazenda Araúna, Marcelo Bassan, a fim de ouvir a versão das acusações, mas não obtivemos êxito.

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